POETAS DO SAMBA - ADONIRAN BARBOSA E OSVALDO MOLLES

TIRO AO ÁLVARO

(Adoniran Barbosa / Osvaldo Molles)

De tanto levar

"frexada" do teu olhar

Meu peito até

Parece sabe o que?

"talbua" de tiro ao "álvaro"

Não tem mais onde furar (2x)

Teu olhar mata mais

Do que bala de carabina

Que veneno estriquinina

Que pexeira de baiano

Teu olhar mata mais

Que atropelamento

De automóver

Mata mais

Que bala de revorver.

De tanto levar

"frexada" do teu olhar

Meu peito até

Parece sabe o que?

"talbua" de tiro ao "álvaro"

Não tem mais onde furar (2x)

Teu olhar mata mais

Do que bala de carabina

Que veneno estriquinina

Que pexeira de baiano

Teu olhar mata mais

Que atropelamento

De automóvel mata mais

Que bala de revorver.

Olhar que dá "frexada", Adoniran,

A gente "encontremos" em todo lugar

E às vez "nós fiquemos" a matutar

Mas de um deles nós "viremos" fã.

O peito fica "mermu" igual uma "tálbua"

De tiro ao "álvaro", cheio de furo

Neguinho corre e até pula muro,

Mas fica dentro dele aquela "málgua".

Já vi gente se livrar de carabina,

Atravessar na frente de "automóver"

E enfrentar peixeira de baiano,

Mas tambén já vi quem entra pelo cano

Que não chega a ser o do "revorver"

Por causa do olhar de uma menina.

Bom dia, amigos.

Ótima quarta, Deus os abençoe. Bem-vindos à NOSSA página.

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 16/01/2020
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