Quem pagava a conta?

Usava gravatas e ternos finos
e desdenhava do ego alheio...
As viagens eram o seu destino...
Roupa? de marca; tudo sem receio!

Colarinho branco, era esperto;
em verdade, era uma esfinge...
Só bebia vinho tinto seleto,
pois a lei só aos outros atinge.

Dinheiro em paraísos fiscais;
não se condoía com a dor alheia,
nem o risco de ir para cadeia...

Refinado, calhorda, bufão,
propinava o poder e seus vassalos...
A conta? ia toda pro cidadão...