ECO
Mas se ouvires um eco por certo sou eu
A gritar o teu nome pela escuridão
Dessa selva medonha do meu coração,
Que no seu descompasso já me endoideceu.
Essa tua aventura, veja no que deu;
Deixou tudo à deriva no mar da emoção,
Eu já beiro a loucura, dessa ingratidão,
Perdido a procurar por seu amor no breu.
Não sei mais o que faço, nem por onde eu vou,
Conto com as estrelas, a lua, o luar...
Farejando o perfume como um beija-flor.
O riacho, teus rastros, decerto apagou,
Uma réstia de sol há de te iluminar,
Para eu ver aonde estás, com meus olhos de amor.