MEU BARRACO
Assim é meu abrigo de palafitas,
Teto de palha, parede de sopapo.
Flores na janela tão bonitas,
Essa é a vida em meu barraco.
O chão duro de terra batida,
Entre a porta simples reposteiro.
Acordo a cada dia como fosse o primeiro,
Esperando o quotidiano da partida.
Pouca é a lenha que me esquenta,
Pela falta do alimento no fogão,
Dói a miserável fome que tormenta.
O lampião é a luz que mereço,
À noite! Minha companheira na solidão,
E a rede o lugar sagrado que adormeço.