MEU BARRACO

Assim é meu abrigo de palafitas,

Teto de palha, parede de sopapo.

Flores na janela tão bonitas,

Essa é a vida em meu barraco.

O chão duro de terra batida,

Entre a porta simples reposteiro.

Acordo a cada dia como fosse o primeiro,

Esperando o quotidiano da partida.

Pouca é a lenha que me esquenta,

Pela falta do alimento no fogão,

Dói a miserável fome que tormenta.

O lampião é a luz que mereço,

À noite! Minha companheira na solidão,

E a rede o lugar sagrado que adormeço.

Sergio Braziliense
Enviado por Sergio Braziliense em 10/01/2020
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