Este Soneto
As palavras contidas no peito
Acariciam as lágrimas noturnas
Que, sorrateiras, tombaram no leito.
São forças secretas, que coadunas
Mais com a alegria amiga
Que com as dores, sempre inoportunas.
É assim, como ouvir uma cantiga,
Manifestam a doce esperança
De um mundo sem intrigas.
Palavras que estão sempre em dança
Apresenta o fascínio do autor
Pelo amável sonho de criança.
Traduzem a brincadeira com furor
Demonstram que o espelho da vida
Pode brilhar com muito mais amor.
Quem pensa que a dor parida
Dói mais que os dias de louvor
Não viu, mesmo de partida
O doce bailar do beija-flor.