Ígnea
Ver você, queima minha retina.
Tocar você, queima minha mão.
Brilho ofuscante, luz que me ensina.
O sol por si mesma, fulgor de veneração!
Na alma é fogo repentino,
Teus olhos faíscam meu eu,
Combustão espontânea, selou o destino.
Chamas pulsando, meu apogeu!
Porém, sou água de uma fonte incessante,
Que só pretende amor jorrar,
Fluir essência e compartilhar teu ar.
Sou rio que corre distante,
Almejando ascender, arder,
E dentro de teu âmago me conter.