Dissonância
Onde o chão é vivo onde há belas serras
tem o céu sem nuvens e um sol presente...
com os seus fios louros já não ardentes
busca vencer o breu que cá se aterra.
Nos rios onde há flores, tocaiam serpentes...
que quietas veem a presa e as suas quimeras
a plantarem mudas, verdes sementes
que germinam luzes na primavera.
E assim nas sombras as famigeradas
calculam e aguardam o grande dia
do qual saciarão altivas a grã fome
de quem não plantam apenas consomem
flores, frutos ou doces melodias
...como se a elas tais fossem destinadas.