Dissonância

Onde o chão é vivo onde há belas serras

tem o céu sem nuvens e um sol presente...

com os seus fios louros já não ardentes

busca vencer o breu que cá se aterra.

Nos rios onde há flores, tocaiam serpentes...

que quietas veem a presa e as suas quimeras

a plantarem mudas, verdes sementes

que germinam luzes na primavera.

E assim nas sombras as famigeradas

calculam e aguardam o grande dia

do qual saciarão altivas a grã fome

de quem não plantam apenas consomem

flores, frutos ou doces melodias

...como se a elas tais fossem destinadas.

Elton Otoni
Enviado por Elton Otoni em 04/01/2020
Reeditado em 04/01/2020
Código do texto: T6833806
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