O QUE DEVO ESPERAR DE MINHA TERRA?...

O que devo esperar de minha terra?

Dos que governam os meus conterrâneos?

Amor em suas almas? Em seus crânios?

Ou a ingratidão que a ‘sperança enterra?

O que devo esperar de minha terra?

De meu povo, de meus contemporâneos?

Frieza com desprezo, simultâneos?

Aplauso por meus versos que lhe encerra?

Enquanto alguns me tratam com desdém,

Como fosse, talvez, um Zé Ninguém,

Um pobre coitado sem aconchego...

Inda há os que não me veem só como Antonio,

Mas como fosse um grande patrimônio

Cultural da terra de Lins do Rego!