O BRILHO DA POESIA
«Réplica ao “Manual de Instruções” de José Félix»
Há uma subtil instrução para poetar
Que não cabe, porém, em nenhum Manual
Nem obedece a linhas ou a convenções
Mas tão só mora no reino da inspiração
Revestida de nobres e fulvas emoções…
O sonho é o único leme a que obedece,
Tendo em conta a dinâmica dos sentidos
Que a alma emite no silêncio das palavras
Que desabrocham em marés de alternância
E em consubstanciais traços indeléveis.
Sob as glicínias da minha circunstância
Em soltas páginas de livros que nascem
Pressinto como que um fogo de paixão
Que me remete para o cuidado e o brilho
De um bom combate poético implementado…
Os meus olhos se ofuscam e se enternecem
No intercâmbio eficaz de todas as nuances
Ganhando sempre e sempre novas dimensões.
Pelo contínuo desalinho de um suor vertido…
É este o brilho por natureza consentido!
Frassino Machado
In INSTÂNCIAS DE MIM