ALMA ESCRITA

Canto que fere tanto quão grito,

Singela fissura do lamento.

Faço-me da virtude o alimento,

Focado destino por mim escrito.

Resoada lembrança constante,

Tenho minhas obras sonhadas.

Escrevo como rio de águas levadas,

Conflitos sofridos a todo instante.

Folheio a alma que me vestes,

Derramadas lágrimas ao rosto,

No silêncio de orações e preces.

Agitam-se as mágoas do desgosto,

A sombra do poeta acalanto,

Rimo versos! Sonhos que planto.

Sergio Braziliense
Enviado por Sergio Braziliense em 02/01/2020
Reeditado em 02/01/2020
Código do texto: T6832565
Classificação de conteúdo: seguro