E houve quem sentiste...
E houve quem sentiste neste campo ermo,
fragrâncias de um velho arvoredo.
E o dia foste surgindo, ai, tão ledo,
em meio as sombras deste céu enfermo.
Foi-se ela, calada, com teus segredos,
ó lua, dos poetas e das serenatas...
Vagas ainda pelas noites castas,
o teu brilho clareando esses rochedos.
Angústias de quem aqui sozinho,
sonhando, ficou, infelizmente,
com a cruz no final do seu caminho.
Tristezas de uma alma que chora,
vendo tudo ao seu redor tão diferente
do que eras tua vida de outrora.