REFIL...

Ao amor falei de indulgência,

À paixão pedi por clemência,

Sempre estando por um fio.

Na alma vigorando a saliência,

Na mente vendo a vã experiência,

Ser açodada pelo beijo e pelo frio.

Esse é o dueto do amor ciência,

Que vai do calor ao reles calafrio,

No seu sabor de êxtase e demência,

Onde somos únicos ou só um refil.

Atribuindo uma demente paciência,

Um sentimento por vezes ser vil,

Mas que no calor da incoerência,

Aflorou uma essência que me serviu.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 31/12/2019
Código do texto: T6831087
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