REFIL...
Ao amor falei de indulgência,
À paixão pedi por clemência,
Sempre estando por um fio.
Na alma vigorando a saliência,
Na mente vendo a vã experiência,
Ser açodada pelo beijo e pelo frio.
Esse é o dueto do amor ciência,
Que vai do calor ao reles calafrio,
No seu sabor de êxtase e demência,
Onde somos únicos ou só um refil.
Atribuindo uma demente paciência,
Um sentimento por vezes ser vil,
Mas que no calor da incoerência,
Aflorou uma essência que me serviu.