AVALIAÇÃO INTERIOR
A visão frente aos espelhos,
Trás ao longe a semelhança.
O contraste de uma vida de esperança,
Por rejeitar inúmeros conselhos.
A imagem exibida sem pureza,
O opaco de face sem teu brilho.
Traduz o cansaço com clareza,
Pela árdua caminhada que trilho.
As rugas justificam tua razão.
Nos olhos as amarguras dos sofrimentos,
Cai à noite a insônia do sono em vão.
A idade não suporta mais a vaidade.
Os cabelos brancos, sinônimo de ressentimentos,
E nessa hora, surge a impiedosa verdade.