SONETO
Como escravo do destino
Vou cantando minha dor
Vou vencendo meu terror
Combatendo desatino
Carrego desde menino
O sintoma do pavor
Como nato trovador
Já fui também peregrino
Por ser poeta modesto
Já topei mais de um protesto
E já levei muita pedra
A maldade não me peja
Quanto mais alguém me inveja
Mais o meu talento medra