SONETO DA ADMISSÃO (p/Giullia)
Sou indigno, amor, eu sou indigno.
Não mereço ao seu meio pertencer.
Se me permites olhar mais fidedigno:
É uma honra o fato de por ti sofrer.
Sou tão ínfimo, amor, eu sou tão ínfimo.
Pequenino: não te posso apetecer.
Admito em meu examinar mais íntimo,
Que é um privilégio estar a te perder.
Diminuto, amada, eu sou tão diminuto.
Quem acreditou em nós, foi abstruso;
Nem a pedra de Davi me salvaria.
Diante do seu domínio absoluto,
Meu poder cai em letárgico desuso;
Nem fazendo guerra a ti mereceria.