Punição divina

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Faz-me saber, Diana, se tu és

o núcleo indistinguível do tormento.

Porque tu tens meu todo pensamento,

tão bem cravados nele estão teus pés!

Permita-me os teus olhos, um momento,

que os meus lhes são escravos e fiéis.

Mas esse olhar me diz tudo ao revés

do que tu mostras ser - o meu lamento.

Explica, se puderes. Depois some!

Quem sabe, recuperem do teu nome

seu étimo e seu íntimo outra sina,

Fugindo desse aspecto impreciso:

ora - em meu sonho - luz e paraíso,

ora - em meus dias - punição divina.

Alex Olliveira
Enviado por Alex Olliveira em 25/12/2019
Reeditado em 21/01/2020
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