A fera tímida

A espera que a responsabilidade, nos obriga

Me cansa em vela, tão linda e cheia de vida

Perdida nas obrigações que administra

Calada sobre o amor que a cativa

Até parece que a flor que cultiva

Em vaso exprimida, espera ser colhida

Sem pudor e mais, menos cometida

Para enfeitar a vida que espera ser vivida

Ela lamenta amargamente em poesia

No observa o tempo escorrendo

Um desbotar das pétalas coloridas

Que em dias alegres pela brisa

Alucina não só a minha vida

Trazendo em seu espinho um caminho.

Kiko Pardini