AO VENTO...

Não demorará o meu esquecimento...

Tão certo quanto o raiar do dia...

Quanto o cantar do galo na apologia...

De que é ele o dono desse momento.

E assim sumirão os arrependimentos...

Morrendo a tola nostalgia...

Que funcionava como anestesia...

Minha esperança e meu veneno.

Serão dias de envelhecimento...

O agora sem planos ou pensamentos...

Letras sem brilho, sem melodia.

Sons dos pés e do vento...

Velejar ou naufragar, nem penso...

Apenas morrer sem agonia.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 25/12/2019
Código do texto: T6826304
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