AO VENTO...
Não demorará o meu esquecimento...
Tão certo quanto o raiar do dia...
Quanto o cantar do galo na apologia...
De que é ele o dono desse momento.
E assim sumirão os arrependimentos...
Morrendo a tola nostalgia...
Que funcionava como anestesia...
Minha esperança e meu veneno.
Serão dias de envelhecimento...
O agora sem planos ou pensamentos...
Letras sem brilho, sem melodia.
Sons dos pés e do vento...
Velejar ou naufragar, nem penso...
Apenas morrer sem agonia.