Soneto do Mistério
Observo esta porta sem saber
O que depois dela posso encontrar
Não há som ou vento a bater
Somente aquela luz a me instigar
O escuro desta sala fria
Me invade, me prende e me sufoca
Passar para o outro lado era o que eu mais queria
Pra me livrar desse vazio que me toca
Através daquela porta com trinco fechado
O que vejo é um mistério,
Apenas sinto o outro lado iluminado
Pela fresta desta porta, eu peço à luz que passa:
Invada este lado sem critério
E preencha a escuridão que aqui me abraça.