SONETO CANSADO
Eu também me canso
Do povo indolente
Que segue dormente
Sem travas ou ranço
Olho e não alcanço
O que passa à mente
Dessa minha gente
Que vive ao balanço
Feito aquilo nágua
Sem revolta ou magoa
Da politicalha
Nação desvalida
Que equilibra a vida
Ao fio da navalha...
(“Eu tou cansado”, mas talvez menos, que o Cigano Ribamar.)
.