SUPERBIA

Venere-me ou lhe devoro sem hesitar

Toda minha energia é consumível

Contanto que estejamos em igual patamar

O que francamente é impossível...

Astro-rei do nada infinito e absoluto

De brilho irrestrito e desproporcional condição

Vestido em ouro contudo resoluto

Da auto-imposta e cega maldição

Meu dissabor é o desprezo do qual sou reflexo

Rendido aos louros me tornei então dependente

Impávido, pomposo e despido de nexo

No tapete púrpura desfilarei eternamente

Só como um velho leão sem nenhuma presa

Fugaz e ilusório tal qual uma estrela cadente

Caio Braga
Enviado por Caio Braga em 15/12/2019
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