POETAS DO SAMBA - ALVAIADE E DJALMA MAFRA

EMBRULHO

(Alvaiade / Djalma Mafra)

Enquanto você não for eu não sossego

Você é o embrulho que eu carrego

Darei doces a Cosme e velas a nossa senhora

Se amanhã, você me disser que vais embora

Na tua vida eu sempre fui e tábua de salvação

E você finge não entender a situação

Vai na paz minha escurinha

Infelizmente você não pode ser minha.

Da mulher que só te trouxe agonia,

Tu te queres livrar a qualquer custo,

Já que um simples olhar te causa susto,

Tirando do teu peito a alegria

E a Cosme tu até prometes doces,

Além de velas a Nossa Senhora,

Se porventura a fera for embora,

Dando-te bom humor e poesia.

Chegas a compará-la a embrulho

Que carregas, qual fosse penitência

Que, de tão longa, aperta o coração.

Pra não ser mais tábua de salvação,

Nem ver o fim da tua paciência,

Preferes dispensar tanto barulho.

Bom dia, amigos.

Excelente fim de semana, com as bênçãos de Deus. Bem-vindos à NOSSA página.

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 14/12/2019
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