POETAS DO SAMBA - ALVAIADE E DJALMA MAFRA
EMBRULHO
(Alvaiade / Djalma Mafra)
Enquanto você não for eu não sossego
Você é o embrulho que eu carrego
Darei doces a Cosme e velas a nossa senhora
Se amanhã, você me disser que vais embora
Na tua vida eu sempre fui e tábua de salvação
E você finge não entender a situação
Vai na paz minha escurinha
Infelizmente você não pode ser minha.
Da mulher que só te trouxe agonia,
Tu te queres livrar a qualquer custo,
Já que um simples olhar te causa susto,
Tirando do teu peito a alegria
E a Cosme tu até prometes doces,
Além de velas a Nossa Senhora,
Se porventura a fera for embora,
Dando-te bom humor e poesia.
Chegas a compará-la a embrulho
Que carregas, qual fosse penitência
Que, de tão longa, aperta o coração.
Pra não ser mais tábua de salvação,
Nem ver o fim da tua paciência,
Preferes dispensar tanto barulho.
Bom dia, amigos.
Excelente fim de semana, com as bênçãos de Deus. Bem-vindos à NOSSA página.