Já não me doem as feridas.
Morrendo um pouco diuturnamente,
Com a ansiedade inerente aos imortais.
Sinto que já se finda a outorga divina,
E o peso da terra sobre a minha cova...
Aumenta cada dia um pouco mais!
Quem apagaste a luz da minha vida?
Não sabia que sempre fui escuridão!
Por isso sigo nessa lida dura e sofrida.
E ainda assim não espero a salvação!
Quem vives sentindo está vida não sabes,
O tamanho da inveja que sempre me faz.
Por que já não mais me doem às feridas,
Insensível ao caminho do sangue escorreito.
Sinto na minha alma que não vivo mais.
Uil