Diminuto

Diminuto

É noite de silêncio e a poesia

cismou em vir rasteira sob a luz.

Eu me cuidei no início, pois, supus

que fosse a solidão numa brisa fria.

E, porque muita paz me oferecia,

aos poucos entendi que ela seduz

de forma misteriosa, e se traduz

depois em prazerosa companhia.

Está agora aqui, a me cantar

poemas que no mundo nem se lê,

verdades que ninguém versou jamais.

E deu-me como prêmio este pensar:

o que há de mais bonito a gente vê

tão diminuto, e tão maior se faz.

Alex Olliveira
Enviado por Alex Olliveira em 13/12/2019
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