LUZ DO SABER / AMARGO FIM
(Abaixo, 2 sonetos em homenagem à escola onde estudei, nos anos 60... o segundo lamenta o corte de cedros centenários, extintos para a ampliação do prédio escolar.)
LUZ DO SABER
I
Quantos invernos passaram...
tantas lembranças benvindas
da Escola onde afloraram
nossas infâncias tão lindas !
I I
As forças já se acabaram,
a saúde mal se finda
mas, no coração, ficaram
LIÇÕES que aprendi... ainda !
I I I
Quando o FIM cá nos espreita,
pra viver -- trago a "receita" --
que a Escola deu, a contento:
I V
"mais que riqueza e poder
cada um precisa ter
a LUZ do Conhecimento !
"NATO" AZEVEDO
(10/dez. 2019, 10hs)
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AMARGO FIM
I
Eu fui árvore florida,
a maior desta floresta...
minha morte foi sentida,
as aves faziam festa
I I
na copada, nos meus braços,
"dançando" sobre meus pés !
Se escondendo do mormaço
junto com os pangarés.
I I I
Virei tábua, cama, mesa
e até caixão -- que tristeza --
para servir lares finos.
I V
Hoje só resta a lembrança
de toda a minha pujança...
como é cruel o Destino !
"NATO" AZEVEDO
(10/dez. 2019, 6hs)
OBS: homenagem aos cedros
que havia no pátio do colégio,
na infância (nos anos 1961/64)
cortados para ampliar o prédio.