O AMOR EM NÚMEROS
(Interação ao poema NÚMEROS (MATEMÁTICA DOS
IRRACIONAIS, do poeta Heliojsilva)
O fato de falares em número triste,
Nos leva a crer que alegres também os há.
O dois, que nos remete a acasalar,
Seria então o mais alegre que já viste.
Neste raciocínio de cunho matemático,
O três é traição, alegre não seria.
Numa relação, provocar desarmonia...
O resultado não seria nada prático.
O oito, quando deitado, é o infinito,
Deve ser alegre, pois, como já foi dito,
Que um grande amor, para que se configure,
É preciso que para sempre ele perdure.
É deste modo que também penso e cogito,
Que, ao menos, “seja infinito enquanto dure. ”
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NÚMEROS (MATEMÁTICA DOS IRRACIONAIS)
Números tristes, em fatos reais
Num denominador não tão comum
Na dissimetria clara do um mais um
Matemática dos irracionais!!!
Que as resoluções sejam racionais
No âmbito da a vã grandeza incomum
Saciada no desejo em desjejum
Na imagem das relações naturais.
Hoje o amor é um conjunto vazio
Rumo aos planos obtusos do fastio
Sem perspectivas e sem semelhanças.
Na visão analítica ao infinito
Enxergo a conclusão do que é restrito
Dentro das dízimas sem esperanças.
Heliojsilva