SER MORTAL  (MALDITO CÂNCER)
A úlcera acelera a humilhação do meu fim
O câncer maldito destrói minhas células
Contrai minha carne anunciando a procela
Meus dias juvenis já zombam de mim.
 
E eu que pensei quando jovem, ser forte.
Rugia em meu cérebro feroz pensamento
Onde está aquela força do jovem sedento?
Já sinto o abraço gelado da morte.
 
E tu caro jovem que me olha com pena!
Que parece incrédulo diante essa cena
Olhando ao seu corpo jura ser imortal.
 
Não creias assim nessa triste ilusão
E se o câncer maldito tomar-te pela mão
Lute pela vida até o suspiro final.
JOEL MARINHO