SEM INSPIRAÇÃO

Às vezes uma poética me entala

Nesta lacuna em que eu ando

Sofro, cá no cerrado, quando

A saudade dentro do peito fala

Inspirações sufoquei nefando

Sem as trovas numa luz sincera

Ah! Cada rima com força quisera

No senso, e não o cântico calando

Sinto que nas quimeras fui rude

Choro cada outrora desta sandice

Já alquebrado, foi-se a juventude

Os versos que não criei por tolice

Por desventura escrever não pude

E assim tornar a prosa na mesmice

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Cerrado goiano, 09 de dezembro, 2019

Olavobilaquiando

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 09/12/2019
Reeditado em 09/12/2019
Código do texto: T6815004
Classificação de conteúdo: seguro