Reconciliado ( Para a querida amiga Lílian Maial)
Dói-me a saudade que o tempo esconde
detrás de cada lágrima caída.
É como se eu vivesse de saída
a te buscar. Meu Deus! Não sei aonde.
E grito porque sei que não respondes;
E choro porque sempre vou chorar...
E amo porque sempre vou te amar...
Sou o andarim não pegou o bonde!
Aí... tu vens vestida de soneto
e eu me agarro em ti como amuleto,
pra que a sorte não me doa mais.
E, reconciliado com a vida,
deixo nos olhos nova despedida
e um beijo triste na beira do cais.