SONETO MALFERIDO

Foste a quimera maior da minha vida

ou talvez a irreal... Evidente e ausente

contigo o amor foi no ter vorazmente

contigo, também, a alma foi repartida

Partiste, e a trova não mais te ouvida:

arde-me a inspiração, lota o presente

no cerrado agoniado fica o sol poete

num amargor da memória malferida

Amor extremo, minha perda e ganho

penitência e regozijo, dor sussurrante

um anacoreta de sentimento estranho

Sinto-me vazio, e na noite te escuto

delirante anseio, sentir sem tamanho

na vastidão do suspiro de um minuto...

© Luciano Spagnol- poeta do cerrado

Cerrado goiano, 08 de dezembro, 2019

YouTube - Video:

https://youtu.be/8MNOzX8VX7U

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 08/12/2019
Reeditado em 09/12/2019
Código do texto: T6813975
Classificação de conteúdo: seguro