SORTE OU AZAR
(Interação ao poema SORTES, do Poeta Carioca)
Uma simples caneta que descansa
Depois de no papel deixar o traço.
Revela ideias a sua dança,
Conduzida por nosso poetaço.
Ele fala da sorte e não cansa,
E a caneta o segue passo a passo,
Deixando num rastro azul por onde passa,
Sonhos frustrados e desesperanças.
Os sonhos são deveras surpreendentes,
E a sorte age como loteria:
Não olha quando escolhe a quem premia.
O azar não persegue nem ajuda.
Só atua quando alguém se descuida,
Deixando que penetre em sua mente.
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SORTES
Coloco-me à disposição da sorte.
No labirinto, um Lázaro perdido
Em desencanto que me faz mais forte
Por secação do antigo amor sentido!
Subitamente, em átimo de crença
Entrego-me à missão, fortalecido,
Vencendo o azar, o ódio e a derrota imensa
Que tanto aprisionaram-me vencido!
Ai! Como dói sonhar, sonhar, sonhar...
...Tratando o mundo como um recomeço,
Reaprende-se o domínio sobre o mar
De lágrimas, de pé, sem ar, sem lar;
Matando tudo de um passado cresço,
Cada vez mais ... e agora é só cremar!
Poeta Carioca