SORTE OU AZAR

(Interação ao poema SORTES, do Poeta Carioca)

Uma simples caneta que descansa

Depois de no papel deixar o traço.

Revela ideias a sua dança,

Conduzida por nosso poetaço.

Ele fala da sorte e não cansa,

E a caneta o segue passo a passo,

Deixando num rastro azul por onde passa,

Sonhos frustrados e desesperanças.

Os sonhos são deveras surpreendentes,

E a sorte age como loteria:

Não olha quando escolhe a quem premia.

O azar não persegue nem ajuda.

Só atua quando alguém se descuida,

Deixando que penetre em sua mente.

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SORTES

Coloco-me à disposição da sorte.

No labirinto, um Lázaro perdido

Em desencanto que me faz mais forte

Por secação do antigo amor sentido!

Subitamente, em átimo de crença

Entrego-me à missão, fortalecido,

Vencendo o azar, o ódio e a derrota imensa

Que tanto aprisionaram-me vencido!

Ai! Como dói sonhar, sonhar, sonhar...

...Tratando o mundo como um recomeço,

Reaprende-se o domínio sobre o mar

De lágrimas, de pé, sem ar, sem lar;

Matando tudo de um passado cresço,

Cada vez mais ... e agora é só cremar!

Poeta Carioca

Jota Garcia
Enviado por Jota Garcia em 03/12/2019
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