RECADO À ALMA

(Por Érica Cinara Santos)

Falas a mim, tu, ó alma minha

Em frases ditas pelos ares e em silêncios

Em vãos de palavras, em entrelinhas

Do que acato deste mundo e do que dispenso

Tenho andado a espiar-te ultimamente

A olhar-te secretamente pelas frestas minhas

Ando no encalço dos teus rastros, de repente

Para entender-te ao saber com o que te alinhas

Se ainda torno os temores tão intensos

Perdoai-me, mansamente, ó minha alma

Sou aprendiz sobre o que sinto e o que penso

E nesta estrada em que andarilha ainda me faço

Peço a tua calma novamente, ó minha alma

Pois ao buscar-te, assim intensamente, encontro a mim mesma nos meus passos.

Érica Cinara Santos
Enviado por Érica Cinara Santos em 03/12/2019
Reeditado em 16/11/2021
Código do texto: T6809844
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