Manhã da Penha
na cidade a noite é de curtas vistas,
é de um céu pequeno e de estrelas mínimas…
de manhã não há o cantar que empenha
a cigarra, o tico, o sabiá da Penha.
diz que sou matuto do mato e sim
mais prefiro a ser arrogante enfim…
mais simplório olhar o azul céu que encena
a manhã tranquila de luz da Penha.
chimarrão, polenta na chapa, o ovo
com a gema mole e o pãozinho novo
e no frio aceso o fogão à lenha…
a mangueira, a lima, limão, pitanga,
o matão, a roça, o pomar... encanta
acordar sem mais no verdor da Penha…