Presente, Passado e Futuro

(Interação ao soneto O AMANHÃ É FUGAZ, da

poetisa Creusa Lima)

Não seria mais fugaz o presente,

Que de repente como vem se vai,

Como uma estrela luzente que cai,

E nem escuta os desejos da gente?

Do passado quase tudo sabemos,

Das promessas que não foram cumpridas,

Transtornos que causou em nossas vidas,

Se o que almejávamos não temos.

O futuro, este desconhecido,

É a esperança de ter o não tido,

Tão logo, ainda nesta passagem,

Antes que o tempo, em sua voragem,

Nos abrace com seus braços compridos

E nos remeta em nova viagem.

:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

O AMANHÃ É FUGAZ

Olvidai o retrocesso da mente

presente no pensar que atrai,

lembrai, se não esquecêreis, ousai!

Sem mais, o perdão é pertinente.

Inerente ao futuro latente

em reverente gratidão - vigiai!

Apressai! Os vendavais não mais,

que fugaz é o amanhã iminente!

Tangencialmente,o prepotente

agente de segredo tão mordaz

nos sinais obscuros, nada mais!

Não deixais o rancor criar raiz

que desdiz todo bem dos ancestrais.

Ancorai a alma no pai onipotente!

Creusa Lima

Jota Garcia
Enviado por Jota Garcia em 29/11/2019
Código do texto: T6806634
Classificação de conteúdo: seguro