Presente, Passado e Futuro
(Interação ao soneto O AMANHÃ É FUGAZ, da
poetisa Creusa Lima)
Não seria mais fugaz o presente,
Que de repente como vem se vai,
Como uma estrela luzente que cai,
E nem escuta os desejos da gente?
Do passado quase tudo sabemos,
Das promessas que não foram cumpridas,
Transtornos que causou em nossas vidas,
Se o que almejávamos não temos.
O futuro, este desconhecido,
É a esperança de ter o não tido,
Tão logo, ainda nesta passagem,
Antes que o tempo, em sua voragem,
Nos abrace com seus braços compridos
E nos remeta em nova viagem.
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O AMANHÃ É FUGAZ
Olvidai o retrocesso da mente
presente no pensar que atrai,
lembrai, se não esquecêreis, ousai!
Sem mais, o perdão é pertinente.
Inerente ao futuro latente
em reverente gratidão - vigiai!
Apressai! Os vendavais não mais,
que fugaz é o amanhã iminente!
Tangencialmente,o prepotente
agente de segredo tão mordaz
nos sinais obscuros, nada mais!
Não deixais o rancor criar raiz
que desdiz todo bem dos ancestrais.
Ancorai a alma no pai onipotente!
Creusa Lima