DONZELA.

Nota.

No dia de hoje, devido a problemas renais, passei a tarde inteira e parte da noite no pronto atendimento. Tive que ser medicado, e uma vez na sala de enfermagem, certa enfermeira, jovem, mui bela, atenciosa, me atendeu. Passei algumas horas ali, poeta que sou, escrevi este soneto à bela e atenciosa donzela que me atendeu. Eis aí o resultado.

A bela donzela que na sala encontrava-se,

De louros cabelos como nunca se viu,

Na perfeição juvenil seu corpo desenhava-se,

O meu coração de encanto se vestiu.

Lá figurava este poeta moribundo,

Cismoso a tudo observando,

A bela que estava tão atarefada,

Ao risco da minha pena destinada.

Os versos que aqui se encontram,

Escritos entre a dor e o gemido,

Sutil pena de profetizar destemido.

Preso a poltrona azul do esquecimento,

Admirando a bela que ali desfilava,

Eternizo-a em tão modesto pensamento.

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 27/11/2019
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