ECLÂMPSIA
Naquele momento, passiva e sem cor,
Na meiga expressão reborava uma luz,
E como em sinal, do aceitar sua cruz,
Nos Olhos serenos luziam o amor.
- Foi tudo tão breve...! Magia e esplendor...!
'No tenro frescor em que o sonho conduz,
A morte interrompe o que a vida seduz;
Sutil, traiçoeira, causando pavor!'
Ó sina... Ó sina... Que u'a vida impedia;
- Do ventre latente, gestante de amor -
Do sonho de mãe afagar sua cria!
Doença maldita, hipertensa, impiedosa,
cravando os espinhos, vazantes de dor;
Suprime o amor... Põe na laje uma rosa.
(Dedicado a uma colega que partiu precocemente, em decorrência desse mal)