Dezembro
Os grandes centros estão cheios, me sinto vazia
ao notar na face daqueles, uma falsa alegria
Muitas relações comerciais
Poucas relações humanas
Dezembro, mês do meu aniversário
Exagerada, boa sagitariana que sou
Já não exagero mais em tamanha euforia
Só enxergo com exagero minha dor
Observo com consternação, tradições milenares
perderem sentido em meio à tanta banalidade
nadando nas águas rasas da superficialidade
Na ceia nada falta, presentes, abraços
e desamor, e desesperados anseiam
Mas não dão espaço para um salvador!