Como se eu fosse Bilac

Escrevo-me nas páginas vazias:

Consoantes e vogais do meu viver...

Converso com as estrelas, sei entender

O que elas dizem lá nas brumas frias.

Não quero mestres nem filosofias,

Apenas ser comum e reverdecer,

Estender minhas raízes e crescer

Além dos anos, dos meses, dos dias.

Compomos dia a dia o soneto

Feito das nossas humanas costelas

Num indizível e surrealista dialeto.

E, como quem conversa com as estrelas,

Vou terminando este último terceto

A ouvi-las, a amá-las e a entendê-las.

Vagner Rossi

Sarauvirtual
Enviado por Sarauvirtual em 26/11/2019
Código do texto: T6804327
Classificação de conteúdo: seguro