Anjo Augusto

Da Cruz do Espírito Santo ao além mundo,

Os versos foram luz e treva no firmamento

O tudo e o nada que vêm de dentro

Com a indomável imaginação do poeta, povoado de dor fecundo.

Sob um tamarindeiro, tanta poesia escreveu…

Lá deixou a sombra enlaçada à eternidade

Agasalhada a frondoso ramo que ao tórrido sol arde

A chorar de cansaço, ante ausência do poeta seu.

Da Paraíba a Minas Gerais,

O “Eu” foi marca indelével assaz fugaz

Da incompletude da vida, vazio humano, como fogo, a queimar.

“Versos Íntimos”, “Psicologia de um Vencido”

Bradaram que o homem, além de fera, não raro, é ser doído

Pela ingratidão soberba cravada n’alma, punhal na carne a dilacerar.

@engenhodeletras

Professora Ana Paula
Enviado por Professora Ana Paula em 25/11/2019
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