Passagem

O amor contigo, talvez, um dia se vai

Rompendo a estrada em desventuras;

Cumprindo ao tempo os nossos ais

Na paixão dolente, complexa e pura.

O amor contigo, talvez, imortal se fica

Sem dias amargurados, em prazer,

A ermo dos sentimentos, que suplica

O infinito do teu caminho a romper...

Quem sabe dentro d'alma nossas vidas

De graças maculadas, nossas lidas,

O nosso peito, que de pulsar lucidez

Ao coração miserável, tão profundo,

O nosso amor simplesmente no mundo

Nada é do que é, passagem... Talvez!

© Dolandmay Walter

Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 24/11/2019
Código do texto: T6802628
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