Soneto Peregrino

Noite, silêncio, uma alma murmura,

Deserta a rua, deserto o firmamento.

Somente uma alma perdida procura

E caminha, impelida pelo vento.

Segue batendo à porta do tormento

E encontra mil portas na noite escura.

Abre uma, fecha outra e a cada momento

Vai abrindo as portas da vida futura.

A noite é escura, a rua está deserta,

A alma segue, firme em seu caminhar,

Na escuridão de sua vida incerta.

Passa por este mundo e, ao passar,

Encontra a porta do futuro aberta

E outras mil portas que ela há de fechar...

Sarauvirtual
Enviado por Sarauvirtual em 22/11/2019
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