Na janela do indivisível
Eu olho da minha janela
feito um bravo sentinela
admirando a madrugada
passarinho que madruga
Na janela do invisível
Ouço profundo silêncio
abro a cortina insensível
pro coração pulsar dócil
Apenas o intenso instante
piscar de olhos excitante
transformar a dor em riso.
No indivisível da vida
contemplo o leve sorriso
da forte alegria incontida