Marcha fúnebre
A noite obscura que ronda meu dia
Sombra nefasta que ascende imponente
Treva que à beira do fim me vigia
Escuridão... que recai de repente
Surdo silêncio que a vida assedia
Vil quietude que chega insolente
Drama soturno que, face à agonia,
Faz-se mistério, temor penitente
Impetuosa, no vasto infinito,
Reina, soberba, esperando o final
Dos imbecis e, também, eruditos
Para que o verme, de ação visceral,
Neste banquete de corpos aflitos
Sinta o sabor de minha alma imoral