Da minha Oficina de Sonetos

No coração da noite a vida grita,

a chuva dança uma valsa molhada,

e no boteco uma alma alquebrada

bebe uma dose de ilusão maldita.

Assim a vida fica mais bonita

e a solidão fica menos pesada.

O ébrio lança sua alma ansiada

na imensidão da leveza infinita.

Bebem todos pela rua imensa,

enquanto a noite alta fosforeja,

e até o filósofo da fronte tensa,

com sua veia que pulsa, lateja,

a reflexão sem demora dispensa

e molha o pensamento na cerveja.

Sarauvirtual
Enviado por Sarauvirtual em 17/11/2019
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