Sinfonia bucólica
Ode ao rouxinol! uma ave deveras artista
Símbolo dos poetas,entre eles a fama benquista
Ao canto, a rara predisposição desde filhote
Já adulto o entoa a cortejar fêmea sob espectro da noite
De timidez inata, a se camuflar pela vegetação densa
Na floresta matinal pouco deslumbra a silhueta
De repente , surpreende-nos com a sinfônica faceta
Gorjeio,assobio,trinar em variação melódica imensa
Ó sentinela contumaz! na vigília a seu território
A salvo o ninho(a cria) está do predador forasteiro
Asas de migração!voam a espairecer noutro paradeiro
Aos confins do velho continente , o repertório
Consagra-se, fauna faz-se plateia a ouvi-lo com deleite
Na paisagem primaveril, és palco do canto imponente