DOTES DE CLARICE
Quem a viu lá na estrada aos pinotes,
Braços abertos em meio a natureza,
Cantando com as áves e os pixotes,
Concerto de amor e de beleza!
Quem a viu embauberada a Tereza,
À sombra, e a de Clarice com seus dotes,
De amor, lagarto e língua e de pureza,
Cabeça e rabo, entranhas verso e mote!
Bela a natureza ali na serra,
O deslumbre, a poesia, o versejar,
Na roça o agricultor arando a terra!
Cruviana bate forte à janela,
Traz de longe a saudade do manjar,
Como é grande esse amor de tu e ela!