DOTES DE CLARICE

Quem a viu lá na estrada aos pinotes,

Braços abertos em meio a natureza,

Cantando com as áves e os pixotes,

Concerto de amor e de beleza!

Quem a viu embauberada a Tereza,

À sombra, e a de Clarice com seus dotes,

De amor, lagarto e língua e de pureza,

Cabeça e rabo, entranhas verso e mote!

Bela a natureza ali na serra,

O deslumbre, a poesia, o versejar,

Na roça o agricultor arando a terra!

Cruviana bate forte à janela,

Traz de longe a saudade do manjar,

Como é grande esse amor de tu e ela!

fcemourao
Enviado por fcemourao em 15/11/2019
Reeditado em 16/11/2019
Código do texto: T6795600
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