Ambiguidade nos mares que o amor vence o óleo

Sentado à beira de uma praia sofrida

O horizonte até parece conversar comigo

Os raios nas águas não encontram abrigo

O sol anuncia uma paisagem adoecida

Envergonho-me de uma sociedade desabrida

Que não hesita beber o próprio veneno

Quem mais sofre e também cuida é o pequeno

Repugnando o lucro e valorizando a vida

Mas, a nobreza não desperta da demência

E se convence que é óleo simplesmente

Não se dando conta da própria doença

Quão belas são as mãos que cuidam avidamente

Das águas cristalinas que tiveram uma sentença

Que nos ensina a amar incondicionalmente.

Jorge Axé
Enviado por Jorge Axé em 15/11/2019
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