Ambiguidade nos mares que o amor vence o óleo
Sentado à beira de uma praia sofrida
O horizonte até parece conversar comigo
Os raios nas águas não encontram abrigo
O sol anuncia uma paisagem adoecida
Envergonho-me de uma sociedade desabrida
Que não hesita beber o próprio veneno
Quem mais sofre e também cuida é o pequeno
Repugnando o lucro e valorizando a vida
Mas, a nobreza não desperta da demência
E se convence que é óleo simplesmente
Não se dando conta da própria doença
Quão belas são as mãos que cuidam avidamente
Das águas cristalinas que tiveram uma sentença
Que nos ensina a amar incondicionalmente.