A rua do mal

Soneto

Eu passava um certo dia

Numa rua debochada

Quando uma voz me dizia

Neste mundo a vida é nada

Parei junto uma morada

E olhei com hipocondria

Lá vi chorando sentada

A mulher sem companhia

Cheguei perto da rameira

E disse assim companheira

Sua dor é nua e crua

Ela me disse poeta

Minha desgraça completa

Nascera aqui nesta rua

Poeta Agostinho
Enviado por Poeta Agostinho em 14/11/2019
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