A rua do mal
Soneto
Eu passava um certo dia
Numa rua debochada
Quando uma voz me dizia
Neste mundo a vida é nada
Parei junto uma morada
E olhei com hipocondria
Lá vi chorando sentada
A mulher sem companhia
Cheguei perto da rameira
E disse assim companheira
Sua dor é nua e crua
Ela me disse poeta
Minha desgraça completa
Nascera aqui nesta rua