SONETO INVEJOSO
Do quanto há pra ser visto, é justo a vida
Que escapa ao olho -- gordo? -- não agrada
À inveja nos postigos, essa fada...
...confusa em "breu" que a noite quer suicida.
Madrasta sorte, ao tonto, ah, que bandida!
Se no outro vê tão só o que mais enfada,
A treva acena à própria paz, roubada...
Errar é estrela duma luz vencida.
Soubesse o quanto falta a seus balidos,
O quanto há além dum mero olhar em torno,
Além de seus anjinhos, seus cupidos...
Vontade sem verdade, mero adorno
Do vil, penumbra adentro -- e a noite ri dos
Vazios da ilusão, seu vão suborno.