Asas de mim
Assim sou: veia, liberdade e pena.
Cena linda: eu cortando todo espaço,
Abraço no vento, tão alma, tão plena,
Obscena agitação; pernas e laço.
Passo, voo e volto; pássaro leve,
Breve no lugar e no céu me traço.
Pedaço de mim, a vida descreve,
Deve ser a poesia em compasso.
Ultrapasso os limites e me insulto.
Sepulto a tristeza e feliz repasso,
Caço forças; sou fortaleza e vulto.
Tumulto de mim nas asas e braço,
Faço da vida leveza; então exulto.
Faculto, a cada instante me refaço.
#ordonismo
Uberlândia MG
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